segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Propensão à doença de Alzheimer

O exame de propensão a doença de Alzheimer, realizado pela Genomic, é indicado para os casos de pacientes com suspeita de Doença de Alzheimer e é realizado uma única vez na vida

Introdução:

Uma previsão da Organização Mundial da Saúde mostra que daqui a 20 anos, as doenças mentais e neurológicas serão a segunda principal causa de morte no mundo. Alguns fatores que poderão causar este mal são o estresse e a pobreza, além do aumento da expectativa de vida da população, que levará ao crescimento do número de casos da doença de Alzheimer e de outras doenças degenerativas do cérebro associadas à velhice.

Segundo estimativas da organização Alzheimer´s International, este mal atinge 18 milhões de pessoas em todo o mundo. As expectativas são que até 65 anos, 0,5% das pessoas no mundo tenham este problema. A partir dos 65 anos, uma em cada dez pessoas apresenta a DA e acima dos 85 anos, essa proporção é de cinco para dez.

Este aumento nas ocorrências é tão surpreendente que os especialistas acreditam que mais de 22 milhões de pessoas terão a doença até 2025. Em 2050, a previsão dos cientistas da Universidade da Califórnia é que pelo menos 45 milhões de pessoas no mundo inteiro terão a doença. No Brasil, a expectativa não é muito positiva, já que 71% dos novos casos serão de habitantes dos países em desenvolvimento.

Num estudo feito com 30 voluntários, com idades entre 47 e 82 anos, pesquisadores da Universidade da Califórnia chegaram à conclusão de que um gene chamado APOE está diretamente ligado à doença.

Justamente para poder diagnosticar pacientes sujeitos a esta patologia, a Genomic realiza o exame de propensão a doença de Alzheimer. Através do teste de caracterização por PCR dos genótipos do gene da APOE, pessoas com suspeita de DA e com problemas coronarianos têm como ficar sabendo se poderão vir a desenvolver este mal.

A ligação entre a APOE e a Doença de Alzheimer aconteceu em 1993. Desde então, vários estudos vêm confirmando que o genótipo desse gene é o determinante genético mais importante da suscetibilidade para a DA esporádica e a DA em casos familiares tardios.

A Apolipoproteína E é encontrada no plasma, onde participa do transporte do colesterol e da modulação do metabolismo aterogênico das lipoproteínas. O gene APOE humano está situado no cromossomo 19 e tem três formas alélicas comuns: APOE-e2; APOE-e3 e APOE-e4. Entre as pessoas com a doença, de 43% a 77% possuem um ou mais alelos APOE-e4. Na população em geral, de 49% a 63% das pessoas possuem um ou mais alelos. A conseqüência é que entre 23% e 57% dos casos reais de Doença de Alzheimer teriam classificação errada se a presença de APOE-e4 fosse o único critério para diagnosticar a patologia. Isso indica que a genotipagem da APOE não deve ser o único exame realizado para diagnosticar esta doença.

Histórico:

O primeiro relato da Doença de Alzheimer aconteceu em 1906, na Alemanha, quando o Dr. Alois Alzheimer, ao estudar o caso clínico de uma paciente, diagnosticou uma patologia neurológica ligada a demência. Este quadro apresentava sintomas de perda de memória, problemas de comportamento e perda de habilidades motoras.

A doença de Alzheimer é a mais comum das formas de demência. Ela costuma se manifestar por uma grande degeneração de áreas específicas do cérebro, principalmente nas responsáveis pela aprendizagem, memória e outras funções cognitivas.

O desenvolvimento da doença se divide em três etapas: na fase inicial, os sintomas mais comuns são os leves esquecimentos; dificuldades de memorização; descuido da aparência pessoal e no trabalho; perda discreta de autonomia para as AVDs (Atividades da Vida Diária); falta de orientação quanto a tempo e espaço; perda da espontaneidade e iniciativa e alterações de personalidade.

Na fase intermediária, as pessoas têm dificuldades de reconhecimento; incapacidade de aprendizado, com apenas algumas lembranças de um passado remoto; incontinências urinária e fecal; maior irritabilidade e agressividade; necessidade de ajuda maior para as AVDs. Já na fase final ocorre perda de peso, mesmo com uma dieta adequada; total dependência; a pessoa fica restrita ao leito, incapaz de AVDs; funções cerebrais deterioradas e posteriormente a morte.

Certos coadjuvantes podem acelerar ou desencadear o processo. É o caso das doenças vasculares-cerebrais, como isquemias, derrames, arteriosclerose, hipertensão, diabetes, problemas carenciais, álcool, fumo e drogas. Segundo um estudo publicado na revista The Lancet, os fumantes enfrentam um risco duas vezes maior que os não fumantes de desenvolverem certo tipo de demência, ou a doença de Alzheimer.

Segundo pesquisadores da Case Western Reserve University, em Ohio, pessoas com alto nível de atividades recreativas como tocar um instrumento musical, jardinagem, exercícios físicos e jogos em geral têm menos chance de desenvolver a doença. O estudo também mostrou que pessoas menos ativas na meia-idade têm o triplo de chance de desenvolver mal de Alzheimer mais tarde. A conclusão é que um simples hobby, que estimule a pessoa física e/ou intelectualmente, já ajuda bastante.

Pacientes com histórico familiar precoce de DA apresentam mutações nos genes dos códigos APP (Amyloid-b Precursor Protein) ou em uma das proteínas presenilin.
A maior incidência de Alzheimer em mulheres ocorre naquelas que não se submeteram a reposição hormonal após a menopausa, acredita-se que a baixa de estrogênio possa ser um dos causadores da doença.

Outros "gatilhos" podem ser traumatismos cranianos freqüentes, histórico familiar de Alzheimer e alteração do cromossomo 21. Até o momento, a medicina ainda não desenvolveu medicamento comprovadamente eficiente no combate a esta doença.

Exame e Indicação:

O exame de propensão a doença de Alzheimer, realizado pela Genomic, é indicado para o seguinte caso:

1) Pacientes com suspeita de Doença de Alzheimer;

N.B. Este exame é realizado uma única vez na vida, em qualquer idade, inclusive pré-natal, pois as informações estudadas provém do códico genético do indivíduo.

Metodologia:

Isolamento do DNA genômico de leucócitos, seguida de amplificação por PCR da região específica do gene APOE e de digestão e eletroforese.

Coleta e processamento das amostras:

Para realizar o exame é necessário a coleta de 4,5 ml de sangue periférico em um tubo de coleta à vácuo com anticoagulante EDTA (Vacutainer de tampa roxa). É importante nos enviar o exame num prazo de cinco dias, em temperatura ambiente.

Prazo de entrega dos resultados:

Serão enviados em 20 dias úteis, a contar da data do recebimento do material.

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