domingo, 30 de janeiro de 2011

Cientistas identificam genes do Alzheimer

Descoberta, feita por cientistas britânicos, espanhóis e franceses, é considerada a mais importante dos últimos 15 anos.

Cientistas europeus anunciaram uma descoberta que abre novos caminhos para o combate ao mal de Alzheimer.

Eles identificaram três genes que têm relação com a doença.

Na tela do computador, gravuras coloridas sem sentido pra quem é leigo no assunto.

Mas para os cientistas, e principalmente para quem sofre ou tem tendência a sofrer do mal de Alzheimer, esse é o retrato de uma esperança.

A imagem de três genes ligados à doença que afeta 26 milhões de pessoas em todo o planeta.

Pessoas como Caroline.

Ela sofre de Alzheimer.

O marido, morto há dois anos, também sofria.

“Jamais vi uma doença tão perversa.

Meu marido acordava à noite sem saber quem era nem onde estava.

Queria caminhar e não podia.

Não quero passar por isso.

Nem gostaria que minha filha passasse, pois essa doença, infelizmente, é genética”, diz Caroline.

Por enquanto, não existe cura.

Os remédios disponíveis apenas retardam o aparecimento dos sintomas do mal de Alzheimer, como a perda de memória, do raciocínio e da capacidade motora.

Até agora os cientistas não sabiam exatamente o que combater.

Os genes identificados podem ser os alvos.

“Esses genes geralmente ajudam a proteger o cérebro.

Mas num doente de Alzheimer, notamos que esses mesmos genes se tornam inimigos, ou seja, atacam o cérebro em vez de protegê-lo”, explica a professora de neuropsicologia que participou dos estudos.

Essa descoberta sobre o mal de Alzheimer, feita por cientistas britânicos, espanhóis e franceses, é considerada a mais importante dos últimos 15 anos.

Pois ajuda a desvendar uma doença que, pelas previsões da Organização Mundial da Saúde, pode atingir 100 milhões de pessoas em 2050.

Mas isso se não surgir a cura.

A identificação dos genes pode mudar essa história.

No Brasil, mais de um milhão de pessoas sofrem do mal de Alzheimer.